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Maio Roxo – DII

O mês de Maio alerta e conscientiza sobre as doenças inflamatórias intestinais (DII) e tem como cor o roxo.

O processo de diagnóstico da Doença Inflamatória Intestinal (DII)

O sucesso do tratamento começa com um diagnóstico preciso, que deve envolver o histórico do paciente e a execução de exames para identificar o tipo de DII.

O médico examinará seu histórico, realizará exame físico e  também poderá solicitar vários exames para fazer o diagnóstico da DII e ajudar a identificar se é doença de Crohn, retocolite ulcerativa ou retocolite indeterminada. Esses exames se enquadram em várias categorias. Alguns são invasivos – realizados dentro do corpo – enquanto outros não são invasivos e requerem acesso a amostras de sangue, amostras de fezes ou imagens radiográficas do local da doença suspeita.

 Exames de sangue e de fezes

Os médicos geralmente usam exames de sangue como parte da investigação diagnóstica. Os exames de sangue envolvem a coleta em laboratório de análises clínicas. No entanto, alguns exames (particularmente para pediatria) podem ser feitos a partir de uma caneta capilar.

 Análises de sangue e fezes podem mostrar inflamações no corpo. Embora esses exames não revelem o que está causando a inflamação, servem como um indicador de que o médico precisa realizar outros tipos de exame para identificar a fonte da inflamação.

Os exames de sangue fazem parte do trabalho inicial e do acompanhamento e monitoramento contínuos de sua condição de saúde, e geralmente não exigem nenhuma preparação especial.

Costumam ser mais úteis para orientar exames invasivos, detectar crises e otimizar terapias médicas do que para diagnosticar DII.

Infecções gastrointestinais com sintomas semelhantes podem ser identificadas testando pequenas amostras de fezes. Esses exames podem procurar por microrganismos como C. difficile, E. coli, ­Campylobacter, Yersinia, Salmonella, Shigella e outras bactérias causadoras de infecções.

Procedimentos endoscópicos

 A endoscopia ajuda o médico a verificar se a inflamação está presente, onde está localizada, avaliar a gravidade e obter biópsias para confirmar o diagnóstico. A endoscopia também é vital para monitorar a terapia – a cura do revestimento do intestino é um sinal de que a medicação é eficaz.

 Existem diferentes tipos de exames para avaliar diferentes partes do trato gastrointestinal:

Colonoscopia

Dado que o cólon e a extremidade final do intestino delgado estão mais comumente envolvidos na DII, a colonoscopia é mais frequentemente realizada para diagnosticar e monitorar a DII.

            Para que seu médico possa ver o revestimento intestinal, é importante limpar qualquer material fecal antes do procedimento. Antes do exame, você normalmente beberá um líquido de preparação que expele do cólon fezes e detritos, causando diarreia. O líquido de preparação pode ter um sabor desagradável. A preparação do cólon é demorada e pode ser desconfortável, no entanto, o resultado será um intestino limpo e uma colonoscopia bem-sucedida.

    Sigmoidoscopia

É a avaliação endoscópica do reto e cólon sigmoide. Em pacientes com retocolite ulce­rativa, a inflamação começa no reto. Portanto, a sigmoidoscopia pode ser um bom exame para confirmar a doença e monitorar a resposta à terapia. Pode ser realizado sem sedação, pois é um procedimento muito curto e causa menos desconforto do que a colonoscopia. A preparação para este procedimento é menos complexa do que para a colonoscopia, geralmente exigindo apenas um ou dois enemas no dia do procedimento.

     Esofagogastroduodenoscopia – endoscopia digestiva alta (EDA)

É a avaliação endoscópica da extremidade superior do sistema digestivo, que os médicos usam para avaliar uma ampla variedade de sintomas incluindo, mas não se limitando, a dor abdominal superior, náusea, vômito e dificuldade para engolir. Uma endoscopia requer, normalmente, jejum após a meia-noite até a hora do exame.

  Videocápsula endoscópica (VCE)

É um procedimento que permite ao médico visualizar áreas do intestino que não podem ser alcançadas com os endoscópios tradicionais. Isso envolve engolir uma cápsula equipada com uma câmera – ‘câmera-pílula’ sem fio. Ao viajar pelos intestinos, a cápsula tira fotos automaticamente. As imagens são enviadas para um receptor usado pelo paciente. A cápsula é expelida durante o movimento intestinal, geralmente dentro de um dia.

 Ultrassonografia endoscópica (USE)

É uma técnica que utiliza uma sonda de ultrassom acoplada a um endoscópio para obter imagens profundas do intestino abaixo da superfície. Na DII, os médicos usam a USE com mais frequência para examinar as fístulas na área retal. As fístulas são conexões anormais do intestino com outra parte do mesmo, outro órgão do corpo ou com a superfície da pele.

O papel da biópsia

O patologista é um médico que examina o tecido da biópsia sob o microscópio para obter informações específicas que ajudam no diagnóstico da DII. Além disso, o patologista pode identificar características que determinam se o paciente tem retocolite ulcerativa ou doença de Crohn.

Os resultados de avaliações das biópsias podem levar até uma semana. Os patologistas também procuram a presença de células anormais, como células pré-cancerígenas ou cancerígenas, na área inflamada do intestino.

Fonte : https://abcd.org.br/blog/artigos/o-processo-de-diagnostico-da-doenca-inflamatoria-intestinal-dii/